segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Arte e História

Exposições trazem brilho especial aos 20 anos do Ecomuseu



Lauane Ferreira de Melo

Aconteceu, na última terça-feira 16, o lançamento de duas exposições no Ecomuseu, para comemorar os seus 20 anos de criação.
Uma das amostras foi realizada pela Holoteca do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia de Foz do Iguaçu (CEAEC), retratando a vida e história do colecionador Vicencio Juan de Lastanosa, que foi um agitador cultural do século XVII e um dos pioneiros do Gabinete de Curiosidades. Lastonosa viveu de 1607 a 1681. Colecionava raridades como, conchas, pinturas, esculturas, moedas, jóias, mapas, entre outros. Montou uma biblioteca com mais de sete mil coleções e um jardim com uma flora rara. Ainda criou muitos neologismos técnicos, colocando o termo teca em todas as suas coleções. Exemplos: Moedas e medalhas (numismatioteca); escultura (gliptoteca) pinturas (pinacoteca), entre outros.
Vicencio Juan de Lastanosa, antes de falecer, doou a Huesca (Espanha) à maioria de suas coleções. Este ano comemora-se os 400 anos de seu nascimento. Em sua homenagem, está sendo realizado um evento em sua cidade natal, denominado Projeto Lastanosa: A Paixão do Saber. O CEAEC, conta com um acervo muito vasto deste importante colecionador. São mais de 74 mil peças.
A outra exposição mostra o trabalho do artista plástico argentino Osvaldo Márcon. Ele, que é formado em arquitetura, procurou mostrar em sua obra, exclusivamente para este evento a natureza, em homenagem à cidade de Foz do Iguaçu. Marcón já foi premiado em seu país e no exterior. O argentino também estará desenvolvendo uma oficina de desenho e biodança gratuitamente, para maiores de 15 anos. Baseia-se em livros de história de arte, imagens do Renascimento e Barroco. O artista plástico faz sua arte apenas com a inspiração do momento. Se deixa influenciar pelo sentimento. O resultado é maravilhoso.
A abertura do evento foi um sucesso, embalada por som de violinos. Estiveram presentes mais de 400 pessoas, entre elas, o Diretor Geral da Itaipu, Jorge Samek. Ele ressaltou a importância do evento e a história do Ecomuseu.
As exposições agradaram muito os acadêmicos. Segundo a estudante do 6º período de Jornalismo Monique Suellen de Lima Ambrósio, “A arte não tem preço que pague. É algo incrível, feito por pessoas sensíveis que emocionam a todos. Eventos culturais deste nível são muito importantes para o desenvolvimento cultural da cidade, que ainda é escasso”.
As duas exposições estarão disponíveis no Ecomuseu até o dia 02 de Março de 2008. A entrada é franca.

ECOMUSEU

Criado em 1987, o Ecomuseu ocupa uma área de 1400 metros quadrados. É um museu diferente dos tradicionais. É pioneiro do gênero na América Latina. Seu objetivo é contar de uma outra forma a história da Usina Hidrelétrica de Itaipu, investindo em tecnologia, interatividade, informática e exposições incomuns. O museu passou por uma grande reforma em 2002, com ajuda dos estudantes da USP. Os acadêmicos produziram um circuito museográfico dividido em módulos que apresentam desde a ocupação do Oeste paranaense até os projetos de conservação ambiental conduzidos pela Itaipu.
Os visitantes do Ecomuseu encontram muitos espaços temáticos, como, por exemplo, as exposições permanentes que recriam os primórdios da região de Foz do Iguaçu com o uso de cenários em tamanho natural.
No módulo que conta à história da usina, os destaques são a réplica do eixo de uma turbina em atividade - com direito aos ruídos característicos do coração da usina - maquetes com relevo e geografia da região antes e depois da formação do reservatório, e um painel que homenageia as 40 mil pessoas que trabalharam na obra.

2 comentários:

toniandre disse...

Muito bom o texto!
Não esqueça de continuar atualizando o Blog! Parabéns !!

Izzy disse...

Bacana teu texto Lau!!!
Parabéns!
beijos flor